Time Off!

Voltarei daqui a uns 10 dias!

Bjo

Foto: reprodução

A Matemática da Moda

Se você esperava a "receita do bolo", em como que um estilista ou uma marca teve uma idéia para chegar ao resultado final de uma proposta de look, aqui segue um conceito matemático aliado às criações de moda. Lógico, que nem sempre tudo é o que parece ser! Com seu blog de ilustrações Fashematics, Jonathan Zawada, do colaborativo Trust Fun, dá uma lição provocativa de percepção quase óbvia de silhueta e inspiração para ilustrar o que vemos na passarela. Some algo divertido + algo divertido (quase improvável) = último design de moda. É ridículo e genial ao mesmo tempo. A moda agora ficou bem mais simples e divertida, não?

Dior Couture inverno/09, Vivienne Westwood verão/10, McQueen verão/10, Marios Schwab verão/10

Foto: reprodução Fashematics

Miu Miu inverno/09, Viktor & Rolf verão/10 (2 e 3) e Topshop Unique verão/10

Foto: reprodução Fashematics

Do Longo nos Anos 10 às Hotpants de Hoje

Primeiro foram os jeans skinnys, tão apertos que mal conseguimos nos movimentar. Depois, as leggings, e agora não nos incomodamos nem com meias-calça! Por quase cem anos, temos visto a libertação da mulher em revelar as pernas pouco a pouco. Atualmente, vemos artistas pop mal usando partes inferiores de vestimenta (bottoms) em eventos. Apesar de Lady Ga Ga vir apertando na mesma tecla do hotpants em seus figurinos cotidianos, foi mesmo Carine Roitfeld,  editora da Vogue Paris, a mais influente na indústria da moda (ao lado de Anna Wintour, da Vogue America) que causou furor com embasamento fashion. Ao comparecer a uma exposição em NY, semana passada, com um top e hotpants pretos (ou seria um body?) coberto por um vestido transparente de renda, ela definitivamente se rendeu à tendência, bem boudoir-chic!

Renda-se às hotpants: Lady Gaga vulgar e sexy chic de Carine Roitfeld

Foto: reprodução Lilian Pacce 

Essa tendência não é nova. A febre dos hotpants surgiu no verão europeu em 2007 e em seguida nas passarelas brasileiras como uma alternativa para dias quentes. Apesar de poder ser usada com meia-calça e exigir pernas incríveis, ela tem ganhado tímidos adeptos desde então, quando há dois anos atrás, Sienna Miller e Victoria Beckham aderiram às hotpants. Nos desfiles de Verão 2010 ocorridos em Milão, Prada, D&G e Missoni criaram suas versões. Em NY, Marc Jacobs e DKNY também trouxeram as hotpants como outerwear.

Hotpants de tecido tecnológico na Prada e de camurça com furinhos na D&G Verão 2010.
Foto: reprodução Style.com

Inspiração vintage na Marc Jacobs, tonalidades calmas na Missoni e esportiva na DKNY
Foto: reprodução Style.com 

Abaixo, conferimos na história da moda como viemos do sofisticado New Look ao look sem calças de Lady Gaga. Clique na imagem para visualizá-la melhor:

 

Esconde/revela as pernas na história

Foto: imagens e ilustrações reproduzidas 

"Fashion is a form of ugliness so intorable that we have to alter it every six months". ("Moda é um tipo de feiúra tão intolerável que nós temos que mudá-la a cada seis meses".) - Oscar Wilde, poeta e novelista irlandês

A Moda é Usar O que Saiu de Moda

Estar na moda é a coisa mais fora de moda hoje! Com isso, os brechós são destino certo para quem quer uma roupa vintage ou uma releitura. O que caracteriza uma roupa ser vintage? Uma peça é considerada vintage se datar da década de 20 até a de 60. Depois dessa data, uma peça é considerada retrô, não vintage. Normalmente o vintage original custa bem caro, pois tem uma posição histórica na revolução da moda. Uma peça vintage tem mais valor, pois é “o melhor de uma colheita”. O termo retrô é a reedição do vintage, uma peça nova produzida a partir da década de 60, e que teve uma volta anos 90. Tal palavra vem do latim retro, que significa ir para trás. As peças que remetem ao passado são releituras e bebem na fonte de uma determinada época.

Um Harvey Berin de 1959, um exemplar num brechó, nas ruas e

um vestido retrô em Demi Moore

Foto: reprodução 

Comprar em brechós tem se tornado uma tendência mundial, já que os próprios estilistas se voltam para outras décadas para poder criar o desejo daquela estação, fazendo assim a releitura de cores e formas que marcaram uma época, um instante específico da moda. Não é propriamente uma cópia, pois o padrão de beleza hoje é outro, os tecidos são tecnológicos e a linguagem é diferente. Essa forma de criar o “novo” em cima do “antigo” é o reflexo da sociedade contemporânea. Até porque desde a invenção da minissaia por Mary Quant nos anos 60, não há nada realmente novo em termos de proporções para se inventar. O tempo é de se reinventar.

Modelo de Chanel 1921 e releitura no vestido Chanel 09 de Kate Bosworth 
e modelo Christian Dior 1957 e o vintage em Reese Witherspoon

Foto: reprodução 

Os brechós não atendem somente a um público específico, de pessoas alternativas, mas também de fashionistas que conhecem história da moda. Lógico que para achar uma peça rara exige paciência para garimpar. O eBay é uma ferramenta poderosa para procurar por isso, como encontrar um tênis Nike reeditado exclusivo novo ou usado, que faz parte do acervo de alguém que mora no Pacífico, digamos. Inúmeros sites também vendem pela net.

A bolsa mais copiada e desejada: Chanel 2.55 de 1954 e a releitura do Verão/09

Foto: reprodução 

Tem os clássicos vintage como o suéter marinheiro de listras branco e azul e a bolsa de metalassê preta e alça de correntes, tudo Chanel, que influencia nosso estilo há 80 anos! A mesma bolsa produzida atualmente, dizemos que são uma releitura da original, uma bolsa retrô. São constantes os revivals de décadas passadas, como os anos 80, que estão super em voga. Mas não é o oitentismo de seriados como Dynasty e Dallas, com make marcante, cabelos volumosos, ombreiras, lamê e escarpin usado tudo ao mesmo tempo. Mas um anos 80 diluído e revisitado para criar desejo de moda,  inspirou Marc Jacobs Inverno/09.

 A novela americana Dynasty dos anos 80 e look Marc Jacobs Inverno/09

Foto: reprodução

As pessoas querem seguir a moda, mas não querem parecer com todo mundo. Nesse estranho paradoxo, elas querem se diferenciar na multidão, entretanto folheiam as revistas de moda atrás do que usar naquela estação! Aí que entra em cena o vintage e o retrô. Mas dá pra entrar na moda brecholenta sem parecer uma baú da vovó. A calça jeans de cintura alta da Levi’s dos anos 70 pode ser usada com uma regatinha e um bolero de paetês ou uma jaqueta perfecto e ficar moderno.

Campanha Levi's antiga com a calça que todos garimpam em brechós e 

looks de streetstyle de como atualizar o jeans com blazers retrôs

Foto: reprodução

Os anos 00 tem essa cara: do atual misturado ao antigo, o que oferece uma gama enorme de possibilidades do exercício do seu estilo, com a sua identidade. Roupas que são feitas para parecerem velhas. Quanto mais aderimos peças antigas ao nosso armário, mais único e interessante se torna nosso look. Isso é ser original! Até porque cansa aquele visual enlatado de shopping center, o legal é se divertir com a moda. Com um pouco de criatividade, dá para transformar achados de brechó em peças exclusivas e fazendo ajustes no shape dá pra modernizar a peça (como, por exemplo, transformar um blazer de duplo fechamento em um mais atual com apenas um botão). Visite sites de streetstyle para se inspirar!

O suéter navy de Coco Chanel e de Audrey Tautou no filme 

e a calça pantalona em Coco e na D&G Verão/09

Foto: reprodução

Ainda rola muito preconceito, pois o conceito remete a naftalina e roupas usadas que carregam uma “energia”. Porém, atualmente, os brechós são fontes de pesquisa para adquirir peças únicas e originais, é um espaço para quem tem informação, principalmente de moda! Sou muito a favor disso, ainda mais se você adquirir uma peça incrível por um preço até 70% abaixo do original. Os emergentes que só adquirem roupas de marca querem mostrar que estão na última tendência, mas mostram a falta de conhecimento e insegurança na hora de ousar. E ficam engessados na fórmula da revista ou da novela ditando as regras.

Você aderiria a essa moda de brechó? Ou acha que tudo com cara de traça? Dê sua opinião!

“Fashion is not something that exists in dresses only. Fashion is in the sky, in the street, fashion has to do with ideas, the way we live, what is happening.” 

("Moda não é algo que existe somente em vestidos. Moda está no céu, na rua, moda tem a ver com idéias, a maneira que vivemos, o que está acontecendo". ) Coco Chanel, designer francesa

 

Entre de Cabeça com Estilo

Tem muitas formas de transformar um look, como usando diversos acessórios como brincos, colares, pulseiras... mas o que mais se tem visto ultimamente é o uso de acessórios de cabeça que passeiam por diversos estilos! O que mais me inspirou foram as orelhas de coelho que Marc Jacobs fez para a coleção de Inverno/09 da Louis Vuitton, com Madonna na campanha usando as mesmas. Ele finalizou os looks da coleção com essas orelhinhas com referências de dançarinas de francesas de can-can e a Playboy. Logo vimos as irmãs Olsen usando as delicadas orelhinhas de Maison Michel, e seguraram bem a proposta. De orelhas em pé, também no Modalogia.

 Louis Vuitton, editorial Vogue Alemã e irmãs Olsen na abertura da Opening Ceremony no Japão

Foto: reprodução  

Punk em Jennifer Behr e tiara Givenchy. Laços oversized de Givenchy Verão/09 e Dolce & Gabbana Inverno/09
Foto: reprodução

Muito desse exagero de adornos de cabeça tem inspiração nos movimentos  artísticos do Dadaísmo e Surrealismo dos anos 20 e 30, expressando a imaginação criada em sonhos, sem controle da razão. Pense ainda em Coco Chanel usando um acessório de cabeça na década de 20 e hoje na passarela de alta costura da Chanel Verão/09, numa leitura etérea e ainda delicada da camélia gigante.

Coco Chanel com a sua fita e a camélia na Chanel Couture por Karl Lagerfeld

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Lógico que não precisa ser literal! A moda é feita para se divertir, after all. Dependendo do material, podem ser mais sofisticadas ou românticas permitem interpretar seu estilo de maneira fácil e atual. Não só segura o cabelo em dia de bad hair day quanto dão personalidade à produção, não importa a ocasião.

De cima: com broches antigos de Alexa Winner; com pérolas de Louis Mariette; 

com plumas de Etsy e as de baixo todas de Benoît Missolin

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As celebs já lançaram mão das suas e cairam de cabeça nessa tendência (desculpe o trocadilho), adicionando uma dose de charme extra!

A fita com laço de Blair Waldorf de Gossip Girl e Kelly Osbourne e

as flores de Kirsten Dunst e Taylor Swift

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Aqui no Brasil, seguimos as belíssimas tiaras e casquetes que a editora da Capricho Adriana Yoshida usa no programa Temporada de Moda. Pontuam o look com classe. E a capa da revista com a atriz Isabelle Drummond, que fez ensaio inspirado em "Alice no País das Maravilhas".

 

Adriana Yoshida e o poder na cabeça e Isabelle Drummond na Capricho

Foto: reprodução

No M de Mulher tá tudo explicadinho como adequar seu acessório de cabeça a cada ocasião, e na Jura Dita dá pra encomendar a sua. Ou faça você mesmo e crie uma e use a imaginação!

“A girl should be two things: classy and fabulous.” ("Uma garota deve ser duas coisas: superior e fabulosa.")

Coco Chanel 

Escolha Ser Elegante

Modos e maneiras elegantes se já não nasceram com você, podem ser aprendidas. A palavra-chave é escolha. Escolha agir com clareza e correção para si. "Por favor", "Desculpe" e "Obrigado" são obrigatórios no vocabulário cotidiano. Exercita sua individualidade. Não invada o espaço do outro. A consultora de moda Gloria Kalil já definiu que ser elegante é ter educação, civilidade e informação.

O eterno charme de Audrey Hepburn e o parisian chic de Brigitte Bardot

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Algumas imagens são de ícones do cinema e artes de décadas passadas que são a epítome da elegância e expressam isso de maneira inegavelmente natural. Atitude tão pulverizada e dissimulada nos tempos atuais. Todo mundo só quer ser pretensiosamente cool e esquece que também é super cool ser elegante. Algumas fotos são de the impossible cool e do The Sartorialist.

A italiana Sophia Loren e o escritor inglês Oscar Wilde

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A atriz americana Lauren Hilton e um chic em Milão

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"Isn't elegance when forgetting what one is wearing?" ("Elegância não é esquecer o que o outro está vestindo?" - Yves Saint Laurent, designer francês

Alfinetadas da Moda

Começaram prendendo fraldas de bebês até virarem símbolos de rebeldia na cultura punk. Atualmente, decoram roupas e acessórios de designers internacionais, como na última coleção primavera/verão 2010 da americana Vena Cava e no desfile verão/09 de Marc Jacobs. No desfile que marcou a primeira coleção  (verão/10) do britânico Christopher Kane para a linha mais jovem da Versace, a Versus, Kane usou alfinetes oversized coloridos nos sapatos e bolsas, enquanto outros adornavam vestidos e blazers supersexy. Bem longe do puro funcionalismo.

De cima para baixo: vestido preto Vena Cava (verão/10), looks 1 e 2 

Versus (verão/10), alfinetes no cinto e clutch verde Marc Jacobs (verão/09)  

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Há 15 anos, em 1994, a então desconhecida atriz Elizabeth Hurley usou um vestido preto Versace, seguro apenas por alfinetes dourados, e passou para o hall da fama. O poder de um vestido. Apesar de termos visto muitas referências oitentistas nas passarelas, para o próximo verão veremos que alguns designers já seguiram em frente e apostam no revival dos anos 90: sportswear e grunge misturados a boas doses de glamour e apelo sexy. Por essa razão, talvez, Kane tenha revisitado o famoso vestido de Liz Hurley. 

Liz Hurley com um Versace em 94, e não copie jamais: Paris Hilton

Foto: reprodução

Adote também o alfinete e faça seu próprio acessório, copiando o colar de Tom Binns como fez a blogueira do Super Rock Catwalk ou personalizando uma jaqueta inspirada na italiana Moschino, mostrada aqui pela Brook & Lyn.

Colar de Tom Binns (à esq.), colar de Marc Jacobs (acima), brincos Rachel Rachel Roy,

broches Mary Jane e detalhe inspirado em Moschino

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A Dramaticidade de Gareth Pugh

O designer inglês que já falou uma vez que uma de suas influências era o "O Mágico de Oz encontra O Predador" só poderia mostrar sua coleção de uma forma gráfica e emblemática como esta. A música de fundo de uma atmosfera dark já prende completamente nossa atenção neste filme-desfile da coleção Outono/Inverno 2009, mostrado em Paris, e criado em colaboração com Ruth Rogben, do SHOWstudio. É notícia "antiga", mas eu até hoje sou fascinada por esse vídeo e sempre me emociono com a vida que a modelo Natasa Vojnovic dá à estética visualmente forte de Gareth Pugh.

It's All Gold!

Me senti traindo meus próprios sentimentos falando sobre prata, pois o meu metal precioso é mesmo o dourado! Não espere as férias e as festas de fim de ano e vá para as ruas carregando este ponto de luz. Fuja do óbvio (sandálias delicadas) e seja mais urbana apostando na linha street com tênis ou sapatos oxford dourados. Paetês, tachas e correntes dourados adicionam a pitada rocker necessária! Cintos e acessórios de cabeças dão charme extra. Aproveite que os anos 80 estão de volta e ilumine-se!

 

Foto: reprodução

 

Foto: reprodução

Papel Alumínio Vibes

Aproveitando o post anterior intergalático, aposto nos tecidos metalizados para brilhar nessa e em qualquer estação. Atualize o look e jogue uma peça ou um acessório prata fosco ou brilhante; se compor com cinza (que é neutro) faz mais a linha monocromática e fica glamour chic!

As texturas diferenciadas enriquecem o efeito metal

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Space Age e Andróides Fashion

Desde a revolucionária coleção "space age" dos anos 60 de André Courrèges até a interpretação de Nicholas Ghesquière para a campanha de inverno/08 da Balenciaga a moda se apropria da estética e do brilho do metal para sinalizar o futuro. Várias marcas têm explorado este tema em suas coleções, de forma mais óbvia ou mais contemporânea apresentando inovações tecnológicas da indústria têxtil. A silhueta atual tende ao minimalismo e a geometria das formas, que conferem uma aparência andrógina, como na coleção inverno/09 de Calvin Klein, bem modernista, como o próprio designer chama. Outro exemplo de como a sci-fi encontra a alta costura vem de Hussein Chalayan, que revelou inacreditáveis vestidos robóticos na coleção de verão/07, mostrada em Paris.

Cosmocorps de Pierre Cardin (60's) e Charlotte Gainsbourg na campanha Balenciaga (2007)

Foto: reprodução

 

Calvin Klein verão/09 e Hussein Chalayan verão/07

 Foto: reprodução

 

Pense também nas ombreiras da Balmain que parecem meio inspiradas no filme Star Trek, ou até mesmo tiradas do visual do alter ego de David Bowie, na sua fase Space Oddity (1969), onde ele cantava "Take your protein pills and put your helmet on", na música "Ziggy Stardust", falando sobre um astronauta chamado Major Tom. Completando 40 anos dessa canção e da chegada do homem à lua, a moda também presta sua homenagem, como na campanha 2009 da Louis Vuitton, fotografada por Annie Leibovitz. Quem poderia esquecer ainda outra referência de Jane Fonda como uma heroína cartunista no clássico filme Barbarella (de Roger Vadim, 1968), com figurino assinado por Paco Rabanne. Bem parecido com o corset-armadura que evoca a era medieval da Dolce & Gabbana inverno/07. Trazendo para o contexto atual, essa parece ser a saída da moda para a crise econômica que abala o mercado mundial. A estética robótica transforma as mulheres em guerreiras para combater os tempos sisudos.

 

Look Balmain na Vogue China Ago/09 e Bowie's Ziggy Stardust

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Campanha LV por Leibovitz e BCBG inverno/09

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Jane Fonda como Barbarella e Dolce & Gabbana 2007

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Isso me veio à mente quando eu vi semana passada uma calça da marca sueca ACNE, que trouxe o espírito New Age para o jeans, com plaquetas de prata criadas pelo designer inglês de jóias Husam El Odeh. Pensei que seria uma interpretação mais modesta da legging de metal criada por Nicholas Guesquière para a Balenciaga, no verão/07. Totalmente Exterminador do Futuro! Será que as roupas estão incorporando essas referências que mais se assemelham a armaduras para que possamos nos proteger, lutar ou até mesmo escapar da crise? O retrô futurismo será uma das vertentes que ditarão a moda próxima década, inspiradas por arquitetura, ciência e tecnologia. A moda pode até não salvar o mundo, mas leva nossa imaginação a outra era espacial!

ACNE jeans 2009 e look Balenciaga verão/07

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Thierry Mugler fotografado por Mert and Marcus e editorial Vogue Italia 2003 por Steven Meisel

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 Editorial Vogue UK Out/09 fotografado por Tim Walker

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Mas o Que é Moda, Afinal?

A moda vai além do âmbito das roupas. Ela reflete o que está em voga na música, na gastronomia, nas artes, no comportamento de uma sociedade e na cultura de uma época. A moda é a expressão máxima da efemeridade das coisas, da velocidade com que as mudanças ocorrem no tempo e de como intuitivamente nos tornamos sociologicamente “forçados” a adotarmos o que é moderno para enfim nos sentirmos inseridos no contexto contemporâneo. Daí que o conceito de estar ou não na moda, pelo menos para mim, é tão somente um fator mais de exclusão que de inclusão social.

É mais importante você ter um estilo pessoal, agir de acordo com a realidade e pertencer a um mundo bem particular: o seu. A moda, portanto, é uma experiência pessoal e democrática. Ao mesmo tempo em que você está antenado com o mundo, você exercita seu estilo e evolui sua linha de pensamento.

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Seria bom se filtrássemos o que é mostrado em revistas de moda e não seguíssemos o manual de tendências da estação ditados em época de desfiles. O mestre em história da moda João Braga defende com propriedade a tese de que os desfiles de moda deveriam ser chamados de desfiles de “estilos”, já que quem legitima as propostas da passarela é a rua. Se tal look cai no gosto das pessoas na rua e várias adotam aquele look, daí sim vira moda! Portanto, o desejo de consumo de um estilo é que validará a tendência de moda.

Divaguei por minha visão do que definiria a moda e a paixão que ela desperta (ou talvez seja melhor não defini-la, como todas as paixões são inexplicáveis) para então dizer que neste blog eu pretendo exprimir o que me atrai neste mundo de signos e frivolidades, que no fundo, tem um significado bem mais plural do que se imagina. Através de imagens procuro despretensiosamente influenciar a maneira como enxergamos a moda e queremos ser enxergados no mundo.

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